Quando, logo mais, o petróleo finalmente jorrar das torres da plataforma Tupi, na bacia de Santos, durante a ensaiada cerimônia que o governo Lula preparou marcar este Dia do Trabalhador, vai ter quem estufe o peito verde-e-amarelo e imagine que a redenção está assegurada.
Por trás do lance de marketing do presidente Lula, que por razões técnicas e de segurança foi impedido de pessoalmente lambuzar as mãos com o "ouro negro" e, quem sabe, marcar o macacão de sua principal auxiliar, a czarina Dilma Rousseff, esconde-se uma história de entreguismo e de lesa-pátria.
Ao manter os leilões dos blocos para exploração petrolífera, inclusive para as novas áreas do pré-sal, o governo brasileiro abriu a possibilidade para que o capital estrangeiro viesse fincar suas garras nessa que poderá ser a maior descoberta energética deste início de século. Ora, somente Tupi e Iara, os dois poços vizinhos explorados pela Petrobrás, concentram potencial que pode chegar a 9 bilhões de barris, na hipótese mais otimista, quando todas as reservas brasileiras até então descobertas não ultrapassam os 14 bilhões de barris.
Muito bem, próximo dali, no bloco BM-S22, a gigante norte-americana Exxon Mobil, a maior petroleira privada do mundo, anunciou recentemente que achou petróleo a uma profundidade de 2.223 metros da superfície marítima. Neste empreendimento, a Exxon é sócia da também estadunidense Hess, ambas possuindo 40% das ações, enquanto a Petrobrás se contentou com uma participação minoritária de apenas 20%. Ocorre que o potencial do BM-S22, conhecido como Azulão, pode, segundo especialistas, alcançar a marca estimada para os campos de Tupi e Iara.
Mas, o Planalto não precisa se preocupar. Esse tipo de informação dificilmente surgirá nom momento em que mais um embuste estiver sendo servido, com toda pompa e circunstância, ao enebriado povo brasileiro.
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