Uma anistia ampla, geral e irrestrita aos dirigentes do Banco Central e altos dirigentes do Ministèrio da Fazenda desde os tempos de FHC, suspeitos de falcatruas várias e diversas, aprovada no Congresso por iniciativa da bancada tucana, com discreto apoio do PT, morreu no nascedouro. Acabou vetada pelo presidente Lula.
A regra que consagrava a impunidade iria beneficiar os artesãos do escândao do Proer, em 1995, mas também ergueria um escudo à equipe de Henrique Meireles empenhada em salvar, com bilhões das reservas do Tesouro, bancos e empresas metidas em enrascadas devido à crise global.
A medida polêmica foi sorrateiramente enfiada na medida provisória 449 que tratava de conceder vantagens tributárias a pequenos devedores do fisco federal. Com apoio da mão amiga do PMDB, a proposta havia também sido desnaturada através da inclusão de benefícios indevidos para beneficiar grandes devedores. Tudo parecia que está dominado até que mais um veto presidencial suspendeu essa parte da festança com dinheiro público.
O governo acha que já concedeu vantagens suficientes ao capital, o que, de resto, está mais que evidente. O excesso de benevolência estava pegando mal, além de sangrar ainda mais a arrecadação nestes tempos bicudos.
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