A qualquer momento, sem aviso prévio, uma família palestina é acordada pela presença das tropas especiais de Israel invadindo sua casa. Tudo acontece em poucos minutos e sob a mira de fuzis automáticos. Não se trata de uma ação contra supostos militantes de grupos da insurgência palestina, mas, alegam as autoridades de ocupação, as casas foram construídas sem alvará da prefeitura de Jerusalém, cuja parte oriental foi anexada por Israel na guerra de 1967, e portanto devem ser demolidas. Mulheres, homens, anciãos e crianças, com os poucos pertences que conseguirem salvar, assistirão, impotentes, sua moradia virar pó sob o impacto dos buldôzeres que acompanham o operativo policial-militar.
Em algum tempo aquela área será utilizada para a construção de um condomínio residencial para famílias judias, consolidando a limpeza étnica e a supremacia político-territorial que interessa ao Estado de Israel, que faz pouco caso da persistente condenação internacional que se mantém ao longo de mais de quatro décadas.
A ONU, por exemplo, acaba de emitir mais um comunicado condenando as demolições. Palavras ao vento, sem eficácia alguma, servem apenas para reafirmar o quanto o mundo se limita ao triste papel de cúmplice de um lento e cruel genocídio.
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