quarta-feira, 13 de maio de 2009

Túnel do tempo

Araguaia, 2 de junho 1972. Jorge, aliás Bergson Gurjão Farias, morreu lutando. Antes de ser dominado, acertou um tiro num oficial. A tropa, indignada com sua ousadia, dispara sem piedade. Seu corpo é ainda profanado a golpes de baioneta. Ele foi o primeiro guerrilheiro morto na feroz repressão militar que, pouco a pouco, iria exterminar quase a totalidade dos insurgentes do PCdoB nas matas do Bico do Papagaio, entre os estados do Pará, Maranhão e Goiás (na área que hoje compõe o Tocantins).
Sepultado em cova rasa, no cemitério de Xambioá, os restos de Farias só foram localizados quase 25 anos depois. Desde 1996 aguarda a identificação definitiva. Agora, um parecer do perito gaúcho Domingos Tocchetto, professor de criminalística da Escola Superior de Magistratura, pode trazer a verdade à tona.

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