Cerca de 500 indígenas estão acampados em Brasília. Na face, as cores da guerra contra o mais novo decreto que reestrutura a Fundação Nacional do Índio (Funai), sem cumprir o critério básico de consultar os principais interessados.O antropólogo paraense Márcio Meira, presidente da Funai, caiu em desgraça. O mínimo que as lideranças exigem, além da imediata revisão do decreto, é sua saída da direção do órgão.
4 comentários:
Se as lideranças indígenas estão pedindo a saída de Márcio Meira, devem estar doidas, ou fazendo papel de otárias por ordem de algum velhaco branco. Nunca a Funai alcançou resultados tão bons na condução da política indigenista. De uma olhada no índice de regularização de terras, de uma olhada no projeto de saúde indígena em trâmite no Congresso Nacional, antes de sair exultando sem que para nada tenha contribuído para a melhoria da situação indígena do país, inclusive como assessor do senador Nery do PSOL. Só erra quem faz, meu caro.
Péssima a defesa que o anônimo das 11:44 faz de Márcio Meira: se as lideranças indígenas estão pedindo a cabeça de Márcio Meira, devem estar doidas! Só um doido pra dizer isso! Se as lideranças pedem a cabeça de Márcio Meira é porque ele abriu mão da defesa dos índios em defesa dos interesses políticos do governo. É porque ele tenta acabar com grupos indígenas, aprovando espuriamente, em nome desses mesmos grupos, a construção de Belo Monte, agradando não aos índios mas às empreiteiras que vão bamburrar condenando as populações do Xingu.É porque a reestruturação da Funai, feita sem ouvir os únicos interessados - os índios, atende aos interesses de grupos que querem acabar com os índios. É porque Márcio Meira chama a polícia para expulsar os índios da casa deles, a Funai, numa atitude típica de ditadorzinho de barranco. Fazendo papel de otário ou melhor, de pessoa de má-fé, faz o anônimo.
O blogueiro devia saber que explorar comentário de transtornados é inadequado para a credibilidade dos blogues. Moderação existe para isso. Zero para o blogue e -1 para os dois comentaristas.
Anônimos,
O nível dos comentários pode e deve ser elevado. A questão é séria e sinaliza, a meu ver, os impasses do governo Lula na área indigenista. Óbvio, isso se sobrepõe às qualidades individuais deste ou daquele dirigente de órgão. Márcio Meira, por exemplo, é uma pessoa de bem, técnico do mais alto nível e possuidor de compromisso histórico com as demandas das nações indígenas. Isso, entretanto, não elude o fato de que predomina no governo uma dinâmica muitas vezes antagônica a esta trajetória e a esses compromissos.
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