Os primeiros e dramáticos sinais da queda do emprego começam a aparecer nas pesquisas dos órgãos especializados. O IBGE, por exemplo, mostra que a desaceleração em novembro foi a maior desde 2003. E dezembro deve ter sido bem pior.
A indústria está demitindo como nunca e esse movimento vai se processando em ondas. Dos setores mais dinâmicos e monopolizados, como o automobilístico e o mineral, a maré de dispensas pode se alastrar rapidamente, contaminando outras áreas vitais da economia até atingir o varejo.
O governo promete mais um pacote anticrise. Promete medidas para combater o desemprego. Até agora o Estado socorreu bancos e indústrias, mas deixou a força de trabalho desamparada. A hora de agir é agora, com mão forte, estabelecendo mecanismos de proteção ao trabalho, condicionando a concessão de qualquer benefício fiscal ou creditício à efetiva manutenção do atual nível de emprego. Ou seja, dinheiro público não pode jamais financiar o desemprego e o agravamento da miséria social dos brasileiros.
Com a palavra, as mastodônticas centrais sindicais que precisam despertar de seus esplêndidos berços.
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