Nem precisou terminar o clima onírico construído em torno do Fórum Social Mundial para que a dura realidade da onda de insegurança pública, que se alastra no Pará inteiro, revelasse sua face cruel.
Nas últimas 48 horas várias ocorrências dispersas mostraram que esta área está longe de ser controlada. Fuga em massa de detentos em penitenciária dita de segurança máxima e em seccional urbana abarrotada de presos, furto de mais de 100 armas de fogo de depósito do Instituto Médico Legal, assassinato de capitão da PM na sempre insegura PA-160, entre Parauapebas e Canaã dos Carajás, no sudeste do Estado, além da rotina diária de matanças na periferia da capital, sempre atribuída a acerto de contas entre traficantes, dão a exata dimensão da extensão e da profundidade da crise.
Um abismo tão colossal que marketing algum é capaz de esconder.
2 comentários:
O que impressiona nessas execuções diárias na região metropolitana é que a Polícia já tem resposta-adesivo que imediatamente é colada à notícia: "acerto de contas". Antes de tudo os órgãos de segurança poderiam tratar a opinião pública com seriedade. E antes disso ainda, eliminar os grupos de extermínio que abriga. Por exemplo, começando por enquadrar os assassinos dentro da Rotam e não tentar justificá-los com o outro adesivo: "foram mortos em troca de tiro com a polícia".
perfeito.Agora tem mais uma propaganda desse governo perdido, alías, as propagandas vão pegar fogo daqui pra frente, em substituição ao trabalho, ou melhor, ao que esse governo não veio fazer aqui. Estão na TV dizendo que antes não havia politica de segurança pública. Se antes não havia, eu prefiro sem politica. Lembra da campanha dessa governadora? Só falavam em sensação de insegurança. Agora nós temos absoluta certeza da insegurança. Quem dera voltasse a tal "sensação"dava pra respirar. Heloisa Aguiar
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