terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Artesãos do desastre

Que tal o Brasil se propor a aumentar, até 2017, em 172% o despejo de CO2 originado das termelétricas? Pode parecer loucura, mas está tudo descrito, número por número, na proposta de Plano Decenal de Energia (PDE), em consulta pública desde o dia 23 de dezembro.
Segundo os técnicos do setor elétrico, para impedir o tão temido apagão, no próximo decênio, deverão ser incorporadas ao sistema interligado mais 81 termelétricas, que inundarão a atmosfera com nada menos que 39,9 milhões de toneladas de CO2, contra as atuais 14,4 milhões produzidas atualmente.
Destas usinas, 4 serão movidas a carvão mineral, de longe a fonte mais poluidora. A UTE de Barcarena, essencial para os planos de expansão da Vale, integra esse esforço de desenvolvimento a qualquer custo.
Uma bomba-relógio que contradiz o discurso oficial das metas internas de redução do desmatamento, na opinião da senadora Marina Silva (PT-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, na edição de hoje do Valor Econômico.

Nenhum comentário: