Ainda muito se falará sobre a cobertura que a imprensa paraense faz do Fórum Social Mundial. Inciativas arrojadas, como os cadernos especiais bilíngues, não devem deixar de ser comemoradas. Porém, essa ânsia por transformar um evento de tamanha riqueza, magnitude e pluralidade num palco onde desfilam, com primazia, naturistas, adeptos da liberalização da maconha ou da distribuição em massa do Santo Daime é apostar no preconceito e na desinteligência.
Cortinas de fumaça, essas notícias editorializadas tendem a reduzir o FSM a uma espécie de Woodstock caboclo. Nada mais distante da pujança e da legítima radicalidade que brotam, nestes dias luminosos, das margens do Guamá.
2 comentários:
Prezado Aldenor, tenho "monitorado", a meu modo, a cobertura jornalística local e nacional do FSM e o que "brota" de alguns setores do jornalismo local, principalmente, é o puro preconceito e despeito em relação ao caráter ideológico deste evento. Deixam transparecer o que a gente já sabia, mas que não tinham assumido de fato: a visão do colonizado obediente. O FSM de Belém deixará marcas neste estado, torçamos para que sejam boas. No mais, esse "povo" quer o outro mundo possível bem longe da sua vidinha de "bem nascido".
Aldenor, não pelos repórteres que estão na rua cobrindo os eventos fo FSM. Não te esqueces que os jornais são de propriedade da elite política e econômica do Estado. O quer esperavas. Um surto de consciência social de uma hora pra outra? A luta por edições justas é diária nas redações. Você como jornalista deve saber disso né.
Na paz, como diz a galera do FSM.
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