A renúncia do deputado Luiz Sefer (eleito pelo DEM e atualmente afastado da legenda) não chegou a ser uma surpresa. Há semanas que o chão esfarelou sob seus pés e já perdera completamente as esperanças de convencer seus pares de sua alegada inocência do crime de abuso sexual contra uma menina, hoje com 13 anos, mas abusada sistematicamente desde os nove.
Ao renunciar, Sefer sabe que está assinando uma confissão de culpa, mas aposta numa dupla possibilidade de se safar. Primeiro, que a Justiça pode ser tanto mais lenta quanto mais eficiente seu batalhão de criminalistas mobilizados a peso de ouro para lançar mão de todos os recursos postergatórios que a legislação faculte. E, segundo, que no próximo ano uma parcela do eleitorado, mais afeita aos impactos do clientelismo e da manipulação eleitoral no sentido estrito, vá reconduzi-lo a uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Um aposta muito arriscada, arriscadíssima.
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