Durante o tumultuado encontro em Genebra, na semana passada, para a revisão dos acordos da Conferência Mundial contra o Racismo (Durban, África do Sul, 2001), a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq), que representa cerca de 5.000 comunidades de remanescentes de quilombos do Brasil, aproveitou para abrir o verbo e denunciar o travamento do processo de titulação de suas terras, sob forte bombardeio dos ruralistas e empresas mineradoras, num ambiente de evidente retrocesso nas políticas desenvolvidas pelo governo Lula.
No Pará, das 401 comunidades quilombolas apenas 118 estão tituladas e com seus respectivos territórios legalmente reconhecidos pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa). Há, portanto, um largo, tortuoso e difícil caminho a percorrer.
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