Até quando o Estado brasileiro vai seguir compactuando com os crimes de guerra cometidos durante o regime militar? Quantas condenações internacionais serão necessárias para que venha à luz, de uma vez por todas, essa parte necrosada da longa noite de terror instalada pelos golpistas de 64?
A decisão história da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), de abrir processo contra o Brasil pelos crimes de detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado cometidos pelos militares no início da década de 70 contra dezenas de militantes do PCdoB e camponeses durante a feroz repressão à Guerrilha do Araguaia, deve ser encarada como uma oportunidade que não deve ser desperdiçada.
Mas, diante do histórico de pusilanimidade do governo Lula, poucos ainda devem crer em uma mudança de rumos. Para estar à altura desse desafio é preciso coragem e altivez, artigos que parecem estar em falta no Palácio do Planalto.
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