Belém mais pobre, patrimônio secular em pedaços. O desabamento da fachada de um dos casarões da ladeira do Castelo, no coração do centro histórico, compõe o rosário das notícias amargas do final de semana.
Pouco a pouco, como um câncer, vai avançando a destruição que não se detém por nada. Culpar o clima, com as fortes chuvas dos últimos meses, ou a incúria dos moradores, aliás uma família de 30 integrantes, de baixíssimos recursos, é malhar em ferro frio. O descaso oficial e o estato catatônico em que a sociedade está submetida são explicações bem mais plausíveis, porém que estão longe de atenuar a dor de quem vê, manietado, a feroz degradação que transforma em pó o que simplesmente não tem preço.
2 comentários:
Aldenor, a casa é de propriedade da Arquidiocese de Belém, que tem muita grana para não deixar o patrimônio desabar, mas preferiu deixar ao acaso. As famílias que se amontoavam no casarão são todos empregados da igreja em Belém.
Justo, anônimo das 10:52. A arquidiocese acumula patrimônio, mas não dá a mínima para a manutenção. Tanto que, na hora de restaurar seus templos, apela para nosso rico dinheirinho e todos, cristãos e não cristãos, têm que pagar a fatura. tudo em nome do Senhor, porque o Deus Dinheiro é guardado pelo clero em bancos.
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