O furo da revista Época desta semana, ao denunciar o esquema fraudulento liderado pelo ex-diretor de Recursos Humanos do Senado José Carlos Zoghbi, chama atenção pela desfaçatez de se utilizar uma anciã de 83 anos, ex-babá de sua família, como testa de ferro numa empresa acusada de fraudes de, pelo menos, R$ 3 milhões em contratos suspeitos. É apenas um dos elos da gigantesca cadeia de malfeitorias que, há muito tempo, operava nos corredores daquela vetusta Casa.
Fica, porém, a pergunta sobre a cadeia de comando que permitiu que essas quadrilhas agissem de forma impune e por tanto tempo. Quando e se a investigação for realizada de forma séria e rigorosa, poderão emergir as digitais de gente grande, grandíssima, que coordenava e protegia, de cima, a existência de um milionário vertedouro de recursos públicos.
Em todo caso, as pegadas estão todas aí, fresquinhas, esperando alguém com disposição e coragem para investigá-las.
Nenhum comentário:
Postar um comentário