O ministro Carlos Ayres Britto, a cada dia que passa, vai se agigantando como a principal voz em defesa da Constituição e dos direitos do povo no Supremo Tribunal Federal (STF). Sua estatura ganha maior dimensão se comparada com a de alguns de seus colegas, pródigos tanto em arrogância quanto em um patológico desprezo frente aos sofrimentos e anseios daqueles que já perderam quase tudo, mas seguem palmilhando o agreste caminho da resistência cidadã.
O voto histórico que ele proferiu na condição de relator do processo de demarcação em terras contínuas da Reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima, foi um divisor de águas em meio à aguda polarização social que essa questão tem provocado no país. E é com o coração aberto e despido de quaisquer preconceitos que sergipano revela ao Correio Braziliense o muito que pode aprender em meio a essa batalha pelos direitos indígenas que ainda está bem longe do fim.
Um comentário:
Tornei-me admiradora do ministro durante o FSM em Belém. A sua participação no Fórum de Juízes foi primorosa. O que se percebe é um juiz eloquente, culto, mas acima de tudo, um estudioso das sociedades, dos conflitos sociais contemporâneos. Realmente,Carlos Ayres é uma pessoa difernciada no Judiciário brasileiro. Se não estiver enganada, e espero que não, Carlos Ayres é um grande brasileiro, um juiz que honra a sua toga e o povo de Nação.
Aline Brelaz
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