"(...)A Savak - Sazman-i Etelaat va Amjiniat Keshvar, a Organização Nacional de Informações e Segurança - transformou-se em instituição mais famosa e sanguinária do Oriente Médio, e suas salas de tortura encontravam-se entre as mais horríveis. No quartel general da Savak havia uma missão norte-americana permanente e secreta. Os métodos de interrogatório incluíam - além dos habituais cabos elétricos aplicados nos genitais, os golpes nas solas dos pés e extirpação de unhas - o estupro e o "churrasco", uma forma de sofrimento que se explica por si só; a vítima era amarrada a uma cama de cabos que, quando eletrificados, tornavam-se uma churrasqueira. Mohamed Heikal, o melhor jornalista egípcio, outrora diretor do Al Abram e antigo confidente de Nasser, descreveu a Savak filmando a tortura de uma jovem iraniana: a amarraram nua e queimaram-lhe os mamilos com cigarros. Segundo Heikal, o filme foi distribuído posteriormente pela CIA a outras agências de inteligência que trabalhavam para regimes apoiados pelos norte-americanos do mundo todo, inclusive os de Taiwan, Indonésia e Filipinas".
Robert Fisk, jornalista e escritor inglês. "A grande guerra pela civilização", p. 153.
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