Enquanto o plenário do Senado pegava fogo ontem à tarde, circulava quase levitando de tão silencioso um personagem fundamental para explicar o abismo ético no qual a instituição foi mergulhada. Ele é Renan Calheiros (PMDB-AL), lugar-tenente de um vultoso rebanho de parlamentares cujo desempenho em plenário é sempre inversamente proporcional ao apetite que demonstram na zona obscura dos negócios de Estado.
Com os holofotes focados em Sarney e na atual mesa diretora, Renan pode flanar à vontade, como se não houvesse em abundância digitais suas na consolidação da estrutura de poder de Agaciel Maia e seus fiéis colaboradores.
Não se sabe, entretanto, até quando o capo peemedebista vai preservar sua feição de paisagem, permanecendo incólume enquanto vários de seus pares vão soçobrando num mar de lama cada vez mais encapelado.
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