Como um rastilho de pólvora, cresce a reação à denúncia do Ministério Público Federal contra frigoríficos no Pará que comercializam carne proveniente de áreas desmatadas ilegalmente. Os gigantes do varejo, Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour, decidiram embargar a carne paraense, produzindo um pesado efeito na única parte do corpo onde os plutocratas do agronegócio são capazes de sentir: o bolso, é claro.
Dificilmente o arremedo de solução que no desespero o governo do Estado tenta propor ao MPF, vai surtir o efeito esperado. Como sempre, os secretários de Ana Júlia agem tarde e à reboque de fatos consumadíssimos.
Fica, porém, a certeza de que boa parte da cadeia produtiva do Pará cresce - e enriquece - à sombra do crime, e sob o olhar plácido dos órgãos governamentais cuja vocação adaptativa às circunstâncias está mais do que provada.
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