A prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins, tem todo direito de comemorar a decisão do STF que lhe restituiu o cargo. Seus correligionários também têm lá seus motivos para folguedos e salamaleques.
Os petistas como um todo, e a governadora Ana Júlia, da mesma forma, podem encarar o final dessa novela que se arrastava há meses como uma espécie de senha de que o inferno zodiacal que entorpece o governo da coligação PT-PMDB no Pará teria, finalmente, chegado ao fim. A esperança, como se sabe, é sempre a última a suspirar.
O que não é admissível - nem ética nem legalmente falando - é utilizar recursos públicos para bancar essas quermesses político-eleitorais. Isso, sem dúvida, tem a cara de delito e como tal precisa ser investigado por quem de direito.
Para começo de conversa o Ministério Público bem que poderia despertar de sua sonolência histórica e inquirir do governo do Estado sobre o custo total do passeio aéreo no trecho Belém-Santarém que conduziu ontem, lépidas e faceiras, a prefeita de Santarém, a governadora Ana Júlia e um seleto e numeroso grupo de convivas. Faria muito bem à sociedade paraense descobrir qual a agenda pública, oficial e de governo, que justificou a gastança.
Não vale, mas não vale mesmo, dizer que a turma toda foi apenas para o comício de recepção petista, com direito a carreata a partir do aeroporto de Santarém.
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