O discurso solene do senador José Sarney - "A crise não é minha. É do Senado" - deve ser lido como uma chantagem aberta e, ao mesmo tempo, um apelo à cumplicidade entre seus parceiros de Casa. Todos são absolutamente inocentes, mas se alguma culpa existe, ela deve ser igualmente repartida entre todos.
Como é improvável que seja deflagrada uma limpeza ampla, geral e irrestrita nos amplos e pouco arejados salões do Senado, deve ficar o dito pelo não dito. Assim, pelo menos, esperam dez em cada dez cabeças coroadas da câmara alta do país.
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