Noites quentes. Tempo muito abafado. É assim que o inverno se despede nas proximidades da linha do Equador. Na suadeira sem-fim, políticos aboletados no condomínio governante partilhado entre o PT e o PMDB no Pará partilham, cada ao seu estilo, sonhos que mais parecem desvarios.
Duas dessas "viagens" esquentaram, na semana passada, a sempre agitada bolsa de boatos e de intrigas que funciona lá pelas bandas do Palácio dos Despachos. A primeira dava conta do suposto veto que o presidente do PMDB, deputado Jader Barbalho, teria feito chegar ao ouvido do presidente Lula. Segundo essa versão, para Barbalho estaria descartada a possibilidade de apoiar a reeleição de Ana Júlia. Sua preferência, então, seria pelo nome da prefeita de Santarém, Maria do Carmo.
Na seara petista, entre os chefes da maioria que no passado foi conhecida como campo majoritário, muita gente começou a trabalhar com a disposição de submeter Ana Júlia a um corredor polonês de uma prévia partidária. Ela só escaparia da humilhação se cedesse territórios - isto é, cargos e poder - para as demais forças petistas, desalojando, para tanto, vários e diversos de seus nem sempre fiéis seguidores da esfacelada DS.
Quem viver verá: nem o PMDB tem condições de impor vetos definitivos, nem a maioria do PT terá força suficiente para conquistar um armistício que deixe o travo da derrota na boca de quem maneja, com estudada incompetência, os cordões do poder de nomear e exonerar.
Até o próximo verão, já em 2010, muita água suja ainda vai rolar por baixo da ponte. É só aguardar.
Um comentário:
Boa noite, Aldenor:
aguardaremos. Com a mais sincera expectativa da água passar por cima da ponte e afogar esses "pescadores".
Abração.
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