Os riscos próprios da utilização da energia nuclear são fonte de polêmica nos meios científicos. E não há nada que indique um consenso próximo sobre este espinhoso tema do século XXI. O paradoxo é o Brasil, dotado de uma matriz energética majoritariamente hídrica, insistir na produção de energia a partir das usinas de Angra - 1 e 2, e ainda continuar gastando bilhões de dólares para construir a terceira planta do projeto concebido ainda nos anos 80, até hoje inconcluso.
Um vazamento radioativo de pequena monta nas instalações de Angra 2, no mês passado, causou justa preocupação. Para além do alcance específico do incidente o que chamou atenção foi a total falta de transparência dos dirigentes da Eletronuclear, estatal responsável para gerência da usina. Um sinal de que o país está a léguas de distância de uma política efetivamente responsável neste setor tão estratégico quanto sensível.
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