Para a governadora Ana Júlia (PT) o Pará vive clima de tranquilidade. O agudo conflito fundiário que a cada dia cobra novas vítimas, como demonstra o choque entre trabalhadores sem terra e pistoleiros em mais uma das muitas fazendas griladas por Daniel Dantas, não se enquadra nesse figurino esfarrado.
A alienação, pura e simples, não costuma ser boa companheira. Serve, quando muito, de matéria-prima para o bombardeio do marketing, mas não consegue ocultar o som, dramático e sangrento, dos disparos com munição real.
3 comentários:
De um lado, o governo ausente, a polícia despreparada, seguranças armados.
Do outro lado, pessoas pobres e desempreagados servindo de massa de manobra, insuflados por pseudo-trabalhadores rurais empunhando suas "ferramentas de trabalho": facões, armas de fogo, foices.
No meio, a justiça ausente, dormindo o sono da letargia, fazendo de contas que não tem nada a ver com isso.
Falar em sem terra como "massa de manobra" é disseminar um lugar-comum que aposta em uma suposta incapacidade dos setores populares se auto-governarem. Nada mais falacioso e distante da realidade de movimentos sociais do quilate do MST.
A guerra no campo paraense está em pleno curso e o Estado - entendido em sua acepção mais ampla - não comete apenas - e fundamentalmente - o pecado da omissão. Na maior parte das vezes, toma partido pelo lado dos mais fortes e criminaliza as legítimas movimentações dos pobres da terra. Enquanto isso, insuflados por uma direita cada dia mais agressiva, as milicias privadas vão semeando suas vítimas. Até quando?
É a velha, descarada e irracional direita falando:"massa de manobra" "insuflados por pseudo-trabalhadores". Vá ser fascista assim lá no Banco Opportunity, aquele que não perde oportunidade para roubar o País!
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