O repentino furor nativista do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Carlos Xavier, parece não ter limites. Revoltado com a pressão da lei contra a barbárie da grilagem e da devastação sem trégua, ele ousou propor a secessão do Brasil, com a transformação do Pará em um novo país, como "já fizemos aqui no movimento da Cabanagem", afirmou.
Muito embora seja uma piada de péssimo gosto, resta informar ao líder ruralista que ele e seus sequazes estão muito mais para brigadeiro Soares Andréa do que para Eduardo Angelim.
2 comentários:
Carlos Xavier, escolhido pela Associação Comercial do Pará como Empresário do Ano, deveria ser eleito pelo povo paraense como inimigo confesso do Pará. Ele defende inescrupulosamente o crime, acha que os grandes grupos devem ficar acima da lei, e que a proteção ambiental do Estado e, consequentemente, das futuras gerações, não tem a menor importância, desde que os poucos privilegiados de sempre lucrem cada vez mais, às custas do desmatamento, da contaminação ambiental, da grilagem, do assassinato de lideranças camponesas, da miséria do toda uma população. E a Associação Comercial do Pará deveria ser execrada por homenagear essa pústula.
O sr. Carlos Xavier tem total propriedade para proferir defesa aos interesses do Estado do Pará. A economia paraense vem sendo atacada sem justificativas e com medidas pervesas do Governo Federal que em nada protegem empreendimentos, empregos e geração de renda no Estado do Pará. O governo federal utiliza os mais U$ 10 bi das exportações paraenses, sem que haja qualquer tipo de compensação a população aqui residente. O mais vergonhoso a federação é que outros Estados importadores que recolhem ICMS na entrada dos produtos e ainda se beneficiam com isenção de IPI, entendem que o nosso Estado seja apenas uma reserva de mercado consumidor e donte de comodities e energia elétrica. Não podemos alimentar a balança comercial brasileira sem geração de empregos e diversidade produtiva apopulação paraense. Querem que sejamos meramente colônia brasileira. Se o modelo federativo não for alterado, não vale a pena o Paraense viver em um País do qual os repasses per capta são inferiores aos pulistas, por exemplo: 4 vezes na educação, 2 vezes na saúde e 10 vezes no transporte. O governo central não viabiliza rotas produtivas como a Santarém-Cuiabá ou a Transamazônica para impedir que a maior fronteira agrícola do mundo que vem dos Estados de Goiás e Mato Grosso se consolidem no Pará. Não podemos fazer parte de uma federação punitiva, exploradora e impeditiva do crescimento do nosso Estado. Chega de exploração! Viva a Cabanagem, na qual houve genocídio por parte do governo brasileiro de 33% da população paraense..., brutalidade que nunca teve paralelo na história brasileira! É hora de discutir o Pacto Federativo e, se não houver dignidade de tratamento ao Pará..., é hora de buscar separação do Brasil!
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