domingo, 15 de novembro de 2009

As algemas da barbárie

A prioridade máxima da da Polícia Civil paraense, desde a semana passada, é atuar como extensão das milícias mantidas pelo latifúndio, pela grilagem e pelo agronegócio no sudeste e sul do Estado. É para lá que consideráveis recursos humanos e materiais são canalizados, além das tais ações de "inteligência", que revelam o recrudescimento de métodos de controle e intimidação dos movimentos sociais só equiparáveis aos tristes tempos da ditadura militar.
Por isso, é pouco provável que chefes e chefetes de vários escalões estejam atentos para o que está ocorrendo bem debaixo de seus arrogantes narizes. Violência, tortura, corrupção, tudo em escala cada vez mais acintosa, enodoando a instituição que deveria ser uma retaguarda segura para os direitos dos cidadãos ameaçados pela espiral de criminalidade.
O flagelo a que foram submetidos dois homens suspeitos de furto nas mãos de policiais civis da região do Salgado deve servir de alerta para a iminente falência de todo o sistema estadual de segurança. Alguém ainda duvida? Então veja os detalhes de uma história de terror que está longe, muito longe, de ser apenas um caso isolado.

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