"VEREQUÊTE, s.m. Vodum nos cultos jejes-nagôs do Pará. É também um dos mais prestigiosos no tambor de mina, do Maranhão. Prende-se à linha de Quéviôcilé. Em África, Afrekéte, filho de Agbê e sua irmã Naéte. Referido por Nélio Reis no romance Subúrbio (1937: 148-9), mereceu também poema de Bruno de Menezes, incluído no livro Batuque (1966:39-41, ed. príncipe 1931). No alto Cairari, N. Figueiredo e A.V. e Silva (1972:27) identificam-no como "caboclo". Em Belém, o casal Leacock identificou-o como orixá (deity), indicando Averequete (vd.) como encantado (spirit) (1972: passim). Verequête puxa a linha dos encantados. Identificado com São Benedito (Nélio Reis). Seu dia é a Sexta-feira. A festa anual lhe é dedicada no dia 23 de agosto. ETIM.: vd. Averequete. Augusto Gomes Rodrigues, dito, cantor e compositor de carimbós. O Carimbó de Verequête, assim denominado em homengem a Toya Verequête, figura conhecida nos terreiros mina-nagô nos subúrbios de Belém, tem a marca da autenticidade, a começar pela manutenção dos instrumentos típicos e o respeito às raízes negras do carimbó (...)".
Vicente Salles (Vocabulário crioulo: contribuição do negro ao falar regional amazônico. Belém, IAP, 2003, p.249-250).
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