Não é de menor importância o fato de que a própria Justiça colombiana, através do Conselho de Estado, tenha protestado contra os aspectos mais nocivos do tratado, como, por exemplo, as disposições que conferem aos Estados Unidos a competência para decidir quais atividades realizar, reservando à Colômbia o vergonhoso papel de "cooperante". Aliás, os termos do acordo não chegam a definir a "forma e o limite" do uso que os norte-americanos farão das instalações militares colombianas.
Ora, militares e armamentos dos Estados Unidos poderão utilizar livremente sete bases militares colombianas, algumas localizadas a escassos quilômetros da fronteira Venezuelana, favorecendo atos de provocação que podem gerar consequências imprevisíveis.
A reação das demais nações sul-americanas ainda peca pela falta de intensidade e pela injustificável lerdeza. Do Brasil, aliás, não se viu nada além de falas desconexas e verbalizações tendentes a cair no ridículo. O chamado feito por Lula para que Barack Obama assumisse publicamente compromissos acerca do assunto caíram num vazio desmoralizante.
Arma-se, assim, o estopim de potenciais conflitos na estratégica fronteira internacional da Amazônia brasileira.
Antes que seja tarde, que se deflagre o alerta e se mobilize as instituições e a sociedade de nosso país diante das pesadas nuvens de balcanização que se formam no horizonte.
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