domingo, 29 de novembro de 2009

Uma voz que se levanta

Surfando na forte pressão dos ruralistas e da mídia conservadora, prossegue a ocupação militar em vastas áreas do sul e sudeste paraense. Com a cobertura quem vem de cima, as tropas sentem que estão de mãos livres para agir. Isto significa apenas uma coisa: os sem terra, inclusive mulheres, idosos e crianças, já estão sentindo na própria carne o peso da chibata que age para recordar a quem serve verdadeiramente o aparato repressivo do Estado.
Mas nem todos pactuam com o silêncio que chancela a barbárie. Frei Henry des Roziers, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) naquela conflagrada região, não dá qualquer sinal de que pretenda abandonar sua trincheira profética em defesa dos humilhados da terra.
A denúncia que faz das últimas ações criminosas de policiais (e de jagunços, simbioticamente reunidos sob a bandeira do latifúndio e do agronegócio) deveria cobrir de vergonha executores e mandantes desta razia contra a legião de párias brasileiros.

2 comentários:

Ghys disse...

É preciso organizar uma frente urbana em defesa do MST com agendas que combinem esclarecimento à população, defesa da luta por Reforma Agrária e proteção efetiva aos Sem Terra e suas ocupações... isso me lembra México, EZLN... Abs.
Ghys.

Aldenor Jr disse...

Ghys,

Concordo com você. A situação no sul/sudeste exige uma atitude mais firme dos defensores dos direitos humanos. E já, antes que estejamos chorando novas tragédias.
Volte sempre. É muito bom te ter como leitora dessas páginas críticas.