Sobre este fato, de resto incontestável, nenhuma linha sequer. Um silêncio que, no mínimo, põe em dúvida as supostas boas intenções dos signatários da nota.
Enquanto isso, a polícia da governadora segue diligenciando por assentamentos, estradas e ramais no conflagrado sudeste do Pará. Buscam prender Charles Trocate, Maria Raimunda e outros líderes do movimento, reduzidos de repente à condição de "foragidos" da Justiça.
Onde estiver, Trocate, um poeta de mão cheia, deve estar refletindo sobre os tortuosos caminhos que as cercas da injustiça percorrem para impor o terror e o medo.
Lá longe, seus olhos devem poder ver, no lusco-fusco deste entardecer amargo, que apesar de tudo, já vem se insinuando os primeiros sinais do alvorecer. Mas não é uma luz qualquer aquela que se prenuncia carregada da sublime força do sorriso de crianças insubmissas.
3 comentários:
Acertou na mosca, camarada. É a luz do esquerdismo, a doença infantil do comunismo. Acorda pra cuspir, rapá!
Se Ana Júlia não tem nada a ver com isso, a culpa então deve ser do mordomo-delegado, aprendiz de torturador, doente direitista.
Meu caro,
é a primeira vez que faço essa visita, e sinceramente gostei!
Sobre esse Charles Trocate, poeta e revolucionário não o conheço, apenas o vi na revista PZZ, e é extraordinário! Um homem assim, leva se muito anos para forma-lo.Então lhe desejo sorte e ao seu blog vida longa, nessa dialética de sempre correr o risco!
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