"A máquina literária. Como é recorrente o desejo de uma criação absoluta, sem a possibilidade de erro, o acordo entre a ideia e seu juízo, entre um sentimento e sua imagem, entre uma vontade e sua projeção e sua práxis. O literário resulta da combinação de heterogeneidades em potencial com heterogeneidades em ação. Uma só dessas duas operações já está acima das possibilidades do homem. É por isso, talvez, que o escritor continua."
Julio Cortázar (1914-1984). "Diário de Andrés Fava" (1997, José Olympio, p.36)
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