quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Das entranhas da mãe África

Lá, no outro lado do Atlântico, a Vale também vai provocando um rastro de destruição socioambiental. As vítimas são milhares de famílias camponesas da região de Moatize, em Moçambique, onde se localiza uma das maiores províncias carboníferas do mundo.
Se nada for feito, em breve o carvão mineral moçambicano poderá mover as turbinas da termelétrica de 600 MW que a Vale pretende construir em Barcarena, no nordeste do Pará. Seus lucros serão catapultados pelo aumento da produção de seu complexo industrial do alumínio, ampliando a ponte transoceânica que transfere milhões de toneladas de minério e de produtos de baixo valor agregado para manter sempre em movimento as fornalhas do neocapitalismo chinês, principalmente.
Já a elevadíssima conta dos prejuízos permanecerá onde sempre esteve: pendurada para todo mundo ver nos escaninhos de um governo paraense que, há muito, perdeu completamente a capacidade de se por de pé.

Nenhum comentário: