quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O nome do fracasso

No último ano, com o agravamento da crise econômica global, o número de famintos pulou de 850 milhões para mais de um bilhão de pessoas. A agência da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO) reconheceu o fracasso na última Cúpula realizada em Roma: a meta de reduzir pela metade a fome no mundo até 2015 está definitivamente prejudicada. O motivo é simples: os países ricos (e os tais emergentes) arrombaram os cofres para salvar bancos e grandes indústrias - no mínimo 10 trilhões de dólares até o final de 2009 -, enquanto não se conseguiu amealhar os US$ 44 bilhões que seriam necessários para erradicar definitivamente a pobreza no planeta.
A Via Campesina, articulação internacional de movimentos de pequenos agricultores, coloca o dedo na ferida. As transnacionais, lideradas pela poderosa Nestlé com suas 276 fábricas em 86 países nos cinco continentes, que controlam o lucrativo mercado global de alimentos têm enorme responsabilidade no agravamento deste quadro. E não adianta cobrir a política de rapina que promovem com o brilhante verniz da "sustentabilidade" e do pretenso compromisso com os chamados "Objetivos do milênio".

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