Lula se disse indignado com as demissões na Embraer. Prometeu providências. Isso não ia ficar assim...
Depois, a imprensa vazou que a indignação era um tanto estranha. A Embraer, privatizada no início dos anos 90, nunca cortou completamente seu cordão umbilical com os cofres públicos. Recebeu e continua a receber fortes subsídios e dando assento a representantes governamentais - e dos fundos de pensão das estatais - em seus conselhos diretivos. A maré de dispensas fora comunicada ao Planalto com antecedência.
Ao pé de ouvido, com a presença de vários ministros, o presidente ouviu as razões da empresa e parece ter saído convencido sobre a inevitabilidade das dispensas. Nada menos que 20% de toda a força de trabalho, 4200 empregados postos no olho da rua.
Tudo não passou de um jogo de cena. Uma brincadeira de péssimo gosto para manter a platéia em seu limbo de eterno embevecimento.
Resta saber até quando esse encanto vai perdurar.
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