Com o saldo de uma pessoa baleada e várias outras feridas, o violento despejo das dezenas de famílias que ocupavam uma área na rodovia Augusto Montenegro, na periferia de Belém, durante a manhã de ontem, revelou que os contornos da crise social vão se tornando a cada dia mais dramáticos.
Os militantes do Movimento Sem Teto Urbano (MSTU) há dias protestavam contra a iminente intervenção de forças policiais mobilizadas a favor dos pretensos proprietários do latifúndio localizado na fronteira do miserável bairro do Benguí. Mas se enganaram. O ação, marcada por muita violência, foi praticada por seguranças à paisana, "pistoleiros urbanos", e por dezenas de guardas de uma empresa de segurança, a Falcon.
A Prefeitura e o governo do Estado optaram pelo silêncio, enquanto o fogo se alastrava. Tática perigosa e irresponsável, cujo preço pode ser cobrado, em próximos episódios, em vítimas fatais, pois é isso que os ventos da barbárie costumam semear.
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