Uma grande empresa estrangeira vence a licitação para construir uma polêmica hidrelétrica na Amazônia. Os defensores do modelo de desenvolvimento a qualquer custo logo fazem festa para uma das supostas vantagens do negócio: a entrada de dólares em investimentos produtivos no país. Ledo engano. Na vida real não é assim que as coisas acontecem.
Vejamos o exemplo da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. Quase 70% dos R$ 7,3 bilhões a serem gastos na construção devem sair a título de financiamento diretamente dos cofres do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a gigante francesa GDF Suez, cabeça do consórcio Energia Sustentável, vencedor da concorrência.
A outra usina no Madeira, a de Santo Antônio, já recebeu R$ 6,1 bilhões do BNDES, que assim transfere oxigênio, às custas da poupança do povo brasileiro, para que empreiteiras como a Odebrecht e Andrade Gutierrez continuem acumulando riqueza e defendendo, da boca para fora, as vitudes da livre iniciativa.
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