A justificativa é sempre a mesma: os mortos em confronto eram suspeitos de vinculação com o tráfico. Logo, diante da troca de tiros, não restou alternativa senão exterminá-los. A PM do Rio de Janeiro, talvez a mais violenta do país, deixou ontem, 4, um saldo de pelo menos 10 mortos em ações realizadas em diversas favelas da capital. Esse fato está longe de ser isolado. Em 2007 a PM carioca matou 1.330 pessoas, uma média de 3 ou 4 por dia. Ora, não é possível acreditar que esse morticínio possa ocorrer sem o beneplácito da cadeia de comando. Trata-se, isto sim, da consequencia lógica de uma política de extermínio baseada num conceito de limpeza social.
Quando o governo do Pará, pressionado pelo escancarado agravamento da insegurança pública, começa a transigir com práticas em tudo semelhantes àquelas que predominam nas PMs do Rio e de São Paulo, deve-se acender o alerta de perigo. Todos sabem aonde isso vai dar.
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