O ex-diretor do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Miguel Wanzeller, submerso em águas tão turbulentas quanto suspeitas, pode estar certo nas acusações que tem feito, mas provavelmente está muito longe de ser o protótipo de excelência na gestão pública como faz questão de se apresentar. O próprio momento escolhido para fazer as denúncias, apenas quando seu ato de exoneração estava estampado no Diário Oficial, já serve para lançar fundadas suspeitas sobre suas propaladas boas intenções. Isso tudo, entretanto, não deve servir para desqualificar, a priori, as gravíssimas acusações por ele trazidas a público.
O Ministério Público, que ontem (18) recebeu a papelada com indícios de, pelo menos, 40 execuções sumárias realizadas pela PM, cujos laudos periciais teriam sido manipulados ou simplesmente desconsiderados nas conclusões dos inquéritos, tem a obrigação de aprofundar, com celeridade e eficiência, a investigação de cada um dos fatos. Não é pedir muito, convenhamos, mas seria um excelente começo. Tudo feito às claras, sob o olhar atento e algo incrédulo da opinião pública.
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