A deputada Bel Mesquita (PMDB-PA) está uma saia justa (desculpem o trocadilho). É que ela foi flagrada pelo projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil, que detectou graves contradições no cruzamento dos dados de auto-doação para a última campanha eleitoral em relação ao patrimônio declarado ao Imposto de Renda de 85 parlamentares. Eles doaram às suas campanhas valores superiores ao que diziam possuir. O rastro da mentira ficou evidente: ou possuíam mais do que declararam - hipótese sempre provável - ou usaram dinheiro de fontes obscuras, o que também não seria nada inédito.
No caso da paraense, ela que foi candidata em Parauapebas, sudeste do Pará, declarou ter reforçado seu caixa de campanha em R$ 1,18 milhão quando seu patrimônio não ultrapassava R$ 1,07 milhão. A desculpa apresentada - venda de uma sociedade em empresa da qual era sócia - tem todas as características de um remendo de última hora para fugir do flagrante de abuso de poder econômico. Aliás, abuso que foi o traço mais eloquente na cruenta disputa pelo poder naquele município minerador, cujos polpudos royalties da Vale costumam atiçar a cobiça de uma legião multicolorida de aventureiros.
Um comentário:
E os jornais do Pará, especialmente os regionais - da região da dep(putada), que vivem de baixo de sua "saia" - nao noticiam isto!!! Acompanharei atento os próximos capítulos desta que promete ser uma lamuriosa novela.
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