Falta apenas uma autoridade judicial federal agir, com presteza e energia, para que Sebastião Rodrigues de Moura, o major Curió, célebre na guerra suja que aniquilou a guerrilha do Araguaia no início dos anos 70, confirme em juízo as declarações que deu à imprensa sobre ter em seu poder cópias de relatórios secretos das Forças Armadas, que entre outros mistérios, apontariam o destino dos 59 guerrilheiros desaparecidos.
Com esta medida, estaria em xeque a versão dos militares sobre a suposta destruição de todos os documentos internos relativos à repressão do movimento armado que o PCdoB organizou entre os anos de 1972 e 1974, com um saldo de quase uma centena de mortos.
Curió, como se sabe, permaneceu ao longo de mais de três décadas na região e hoje é prefeito afastado de Curionópolis, sudeste do Pará. Ele permanece no cargo mesmo após ter sido condenado pelo TRE por compra de votos nas últimas eleições municipais, amparado por uma liminar (decisão provisória) da Justiça.
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