Essa deve ser creditada ao trabalho dos discretos policiais suíços: após anos de investigações, foi descoberto um gigantesco propinoduto de, pelo menos, US$ 200 milhões em suborno pago a governantes da América Latina e da Ásia entre 1995 e 2003, pela Alston, multinacional francesa especializada em infra-estrutura de transportes, uma das líderes mundiais na produção de trens de alta velocidade, bondes e metrôs. A dinheirama teria sido despejada para saciar a gula de políticos do Brasil, Venezuela, Cingapura e Indonésia.
Um detalhe, porém, liga o escândalo aos nossos impolutos tucanos paulistas. É a suspeita pagamento de US$ 6,8 milhões pela Alston por um contrato de US$ 45 milhões na obras do metrô, em 2000, quando Mário Covas ainda governava São Paulo. Três anos depois, já sob o governo de Geraldo Alckmin, novo contrato para fornecimento de equipamentos para a Linha 4 (Via Amarela), garantiu à empresa francesa, em conjunto com as notórias OAS, Queiróz Galvão e CBPO, um faturamento de US$ 1,8 bilhão. Todos agora sob irremediável suspeita.
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