Mais que ofender a honra dos alunos de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBa), as declarações do coordenador daquele curso, professor Antonio Natalino Manta Dantas, aludindo ao suposto "baixo QI (coeficiente intelectual) dos alunos", apontado como causa da instituição ter ficado no último lugar entre as universidades federais testadas no último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), revela, isto sim, um racismo patológico, que está longe de ser uma manifestação individual e isolada.
A Bahia é o Estado brasileiro de maior concentração de afrodescendentes. Lá, como em nenhum outro lugar do país, esteve presente, ao longo dos séculos de escravidão e resistência, a forte marca da contribuição dos negros africanos na construção de uma cultura extraordinariamente rica e multifacetada. Tanta riqueza gera o seu contrário: a permanência da brutal selvageria dos herdeiros do pelourinho e da chibata. Muitos, inclusive, escondidos por trás de imaculadas cátedras financiadas pelo dinheiro público.
2 comentários:
Isso demonstra o quanto a elite é preconceituosa contra os negros e não aceita a ascensão
Meu caro aldenor, este professor em fim de carreira, sempre foi conhecido nos corredores da faculdade de medicina como um reacionário carlista, é a elite branca baiana falida querendo ressuscitar,
Um axé para vc.
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