"(...) as guerras se faziam geralmente sem causa justa nem injusta (...), matando, roubando, cativando (...), assolando e queimando aldeias inteiras, que são ordinariamente feitas de folhas secas de palma, abrasando nelas vivos os que não se queriam render para escravos, rendendo e sujeitando pacificamente os outros com execraveis traições, prometendo-lhes confederações e amizade debaixo da palavra e nome do Rei, e depois que os tinham descuidados e desarmados, prendendo-os e atando-os a todos, e repartindo-se entre si por escravos, vendendo-os ainda com maior crueldade."
Cristóvão de Lisboa, frei capuchinho, citado pelo jesuíta Antônio Vieira, como testemunho da sangrenta guerra de extermínio que os conquistadores portugueses executaram contra os milhões de indígenas na Amazônia colonial.
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