Há uma questão muito grave por trás do vistoso lobby de governadores e políticos da Amazônia que se prepara para exigir, olho no olho do presidente Lula, no dia 30, em Belém, que seja revogada a medida que condiciona o acesso a financiamentos públicos à comprovação, por parte dos proprietários rurais, de regularidade fundiária e ambiental. Trocando em miúdos, a portaria inspirada pela ex-ministra Marina Silva apenas exige o óbvio: para receber dinheiro público, a taxas subsidiadas e a perder de vista, o particular não pode ser um fora-da-lei, simples assim.
A grita do chamado "setor produtivo" e de seus porta-vozes políticos que vão do PT ao PSDB, apenas revela o escandaloso fato de que navegavam em águas da ilegalidade a grande maioria dos empreendimentos incentivados pela Sudam e pelos bancos oficiais, acostumados há décadas a sorver, com avidez, as fartas e gotejantes tetas do tesouro nacional. Nunca foi tão fácil ser capitalista e ainda vociferar contra o tamanho do Estado brasileiro.
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