A conclusão do inquérito contra os envolvidos na operação "Navalha na Carne" encerra um mistério. Apesar da denúncia pelo Ministério Público contra 21 pessoas acusadas de integrar um grupo de extermínio, ironicamente auto-intitulado de "Liga da Justiça", suspeito de dezenas de assassinatos com características de execução sumária, praticados em bairros periféricos da Grande Belém, soa inverossímil que uma organização criminosa com tantos tentáculos e com notável capacidade operacional tenha como chefes um cabo da PM, Rosevan Almeida e outro delinqüente, Mauro "Pulan", apontado simplesmente como "sem profissão", ambos típicos exemplares da raia miúda.
Como uma "organização" com esse perfil de comando poderia ter atuado, anos a fio, com enorme desenvoltura, cometendo toda sorte de crimes, agindo impunemente por dentro da estrutura policial, sem que outros escalões estivessem envolvidos? Quem lhes dava cobertura e, sobretudo, quem contratava os serviços do grupo?
Para reforçar a sensação de permanecem submersas importantes peças do quebra-cabeça, também não se ouvir mais falar no envolvimento do juiz Alan Meireles, para quem o cabo PM Rosevan Almeida prestava serviços de "segurança".
Diante da promessa do Segurança Pública, Geraldo Araújo, de que outras "Navalha na Carne" virão, espera-se que desta feita a lâmina possa estar um tanto mais amolada e em codições de cortar mais profundamente nas áreas necrosadas do aparato policial paraense.
2 comentários:
mas tem um major entre os denunciados, não?
essa denúncia tem que ser publicada, quais os crimes de que são denunciados? de 50 assassinatos, tem condição de provar ou é só para inglês ver?
isso é muito importante para a sociedade paraense, inclusive para saber que fim levou o juiz...
Não esqueçam que também estão envolvidos 2 promotores, mas cadê eles?
Juizes e promotores deveriam estar, se tivessemos um tribunal e MP sérios, encabeçando a lista de presos.
Mas isso exporia os semi-Deuses do MP e TJE.
Navalha nos dos outros é refresco, né Santino?
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