O que têm em comum o deputado Luiz Afonso Sefer (eleito sucessivamente pelo PFL, agora DEM, e desligado recentemente da legenda) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Pará e ex-deputado estadual (do DEM, não por mera coincidência), Cipriano Sabino?
Quem responder que ambos são acusados de crimes sexuais contra crianças e adolescentes, a face pública de um escândalo tão medonho quanto emblemático do estágio de adiantada putrefação de parte da política paraense, terá acertado, mas apenas parcialmente.
Quem, por outro lado, lembrar que eles - Sefer e Sabino - têm o mesmo DNA político, oriundos que são de partidos fisiológicos e entranhadamente de direita, estará também mirando o alvo certo.
Mas, não termina por aí o caráter univitelino entre os dois suspeitos de crime de pedofilia. Tanto um como outro estiveram entre os primeiros a abandonar a nau tucana e passar, de mala e cuia, para a vistosa caravela do governo petista liderado por Ana Julia. Não foi por outro motivo que Sefer chegou a ser sondado para encabeçar a frustrada chapa da governadora à presidência da Assembleia Legislativa, ainda há pouco, em dezembro passado. E Sabino, um arrivista de carteirinha, acabou eleito para uma vaga vitalícia no Tribunal de Contas com expressiva votação da base aliada ao Palácio dos Despachos.
Agora, a dupla de políticos enrolados pode ter o mesmo destino: a cassação e a perda dos cargos públicos que (ainda) ocupam.
9 comentários:
Aldenor, cuidado com comparações. Principalmente com condenações antecipadas. Cipriano não tem nada a ver com Sefer, inclusive, não existe nada, absolutamente nada, contra aquele.
Aliás, o que houve foi um comentário da delegada Socorro Marques, nominando de forma irresponsável, o nome de pessoas que estariam respondendo (?) processos. Inclusive, passível de crime de responsabilidade.
Desafio você a apresentar uma prova sequer que incrimine o Cipriano. Apresente-as. Já que você o está aqui condenando liminarmente. Como se juiz o fosse.
Por fim, quem é o oportunista?
Muito infeliz sua comparação.
Diz-me com quem andas que te direi quem és. Com um partido com esse, comandado aqui logo por quem, infelizmente isso é só o começo.
Caros anônimos,
Vamos dar tempo ao tempo. A verdade - nua e crua - vai acabar surgindo, trazendo à toa histórias que estiveram, durante anos, soterradas por suspeitas camadas de silêncio e conivência.
O importante é que a simples posse de cargo ou prestígio pode ter deixado de ser sinônimo de impunidade. A conferir.
Estou esperando a publicação de meu comentário. De qualquer forma, está arquivado com horário, IP, printscreen e data. Por favor, assuma o que você escreve. Você irá responder legalmente por tal.
Sr. Manoel Carlos,
Guarde suas ameaças. Não sou dado a me intimidar.
Não sou obrigado a publicar todo e qualquer comentário. Por isso é que existe a moderação.
Leia com mais atenção o que escrevi. O ex-deputado Cipriano Sabino teve efetivamente seu nome relacionado a uma acusação de crime sexual. Isto é público e foi fartamente noticiado pela imprensa (ver o jornal Diário do Pará, por exemplo). Existe de fato um procedimento policial aberto, cuja cópia foi remetida à CPI da Pedofilia.
Não afirmei que ele tinha cometido algum crime, mas que sobre ele pesa essa acusação. Grave, gravíssima, que precisa ser esclarecida.
Culpado ou inocente é uma questão que somente será elucidada no final das apurações.
Não cabe a mim fazer qualquer pré-julgamento. Há instituições vocacionadas para realizar esse trabalho em nome da sociedade.
Por outro lado, o que o post "Afinidades Eletivas" realça é que são grandes as semelhanças políticas entre Sabino e Sefer. Quem têm olhos ou o mínimo de memória saberá confirmar isso.
O Página Crítica é um espaço para o debate de ideias e para realizar um intercâmbio saudável de opiniões, mesmo que contraditórias. É exatamente por isso que não cederei um centímetro a provocações grosseiras de nenhuma índole.
Ressalvada essa premissa, sinta-se sempre convidado a participar.
Aldenor, ou Barata: "arrivista de carteirinha" ? essa frase não é do Baratão?
Não estou ameaçando (aliás como o senhor é acostumado), ao contrário, é um simples alerta para conseqüências de uma publicação eivada de aleivosias e juízos de valores, no mínimo sujeito a contestações. Além de passível das cominações legais conforme nosso ordenamento jurídico. Não usei de subterfúgio, de mensagens subliminares para manchar, macular e fazer analogias no mínimo, escusas. Como o senhor irresponsavelmente fez. Pouco me importa se o senhor é dado ou não a se intimidar, este é um problema seu e não vou entrar no mérito.
A moderação não deixa de ser um tipo de censura para se abster de ouvir verdades e só publicar o que lhe é conveniente e conivente. Aliás, como o senhor fez em meu penúltimo comentário. Quem tem certeza do que escreve e argumentos para refutar questionamentos não usa deste expediente.
Quem tem que ler o que escreve é o senhor. E pensar muito bem em quem e de que forma vai atingir com o uso de sua pena.
Cipriano, o cidadão, teve o seu nome citado, repito: citado de forma irregular por uma agente pública que extrapolou seus poderes ao fazê-lo. Até agora, não se mostrou materialidade do que a delegada Socorro Marques disse. E pode ter certeza será apurado sua responsabilidade e objetivo para tal excrescência. Inclusive, já foi solicitado ao seu superior imediato, delegado geral Benassuly. Não é porque existe um B.O. que signifique a verdade verdadeira do fato e imprescindível materialização.
Senão vejamos: deve-se observar no sistema democrático acusatório o princípio da ampla defesa e do contraditório, como expressa o artigo. 5º inciso LV da Constituição federal: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. O que significa que tanto na fase investigatória, na polícia, como na instrução criminal em juízo, se faz obrigatório o respeito a ampla defesa e ao contraditório, onde todos os acusados possuem direito de defesa, e o onus probandi incumbe a quem alega.
O senhor prejulgou, sim. E misturou casos e casos.
Fartamente noticiado pela imprensa? Então se é noticiado é verdadeiro? Simplista sua desculpa.
O senhor faz sim uma comparação desmedida e caluniosa. O senhor mistura o público com o privado. De forma míope e parcial. A memória é utilizada no caso, como o senhor a usa e pensa. E depois materializa. Mas, é seu o comportamento
Dispenso seu conceito de idéia. Sua régua não e parâmetro para ser utilizado. Mas grosserias do que as neste seu post, não existem. O homem público Cipriano foi empossado no cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Pará, de forma regular, legitima e legal. E não da forma como o senhor acha que deveria ser. Não tire os outros pelo senhor. E por favor, reveza o seu conceito de índole.
Por fim e a cabo, use sua prerrogativa de censor para publicar ou não o presente.
Manoel Carlos,
O seu longo comentário, muito embora marcado por uma ira vesga e despropositada, foi publicado. Penso que o contraditório sobre esse tema já está suficientemente assegurado. Viremos a página, pois, e aguardemos os próximos capítulos deste palpitante enredo. O imponderável, como se sabe, costuma surgir de onde menos se espera.
Por isso, cabe aguardar o que, por ventura,ainda pode estar por vir.
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