A bandeira brasileira tremula em terras de Moçambique. Não se trata de uma missão solidária, muito pelo contrário. Duas de nossas maiores empresas, a Vale e a Camargo Corrêa, estão pactuando com o governo moçambicano a inversão de US$ 4,8 bilhões em dois projetos energéticos - uma termelétrica a carvão mineral e uma hidrelétrica.
O capital brasileiro transnacionalizado vai em busca de lucro e de lucro rápido e fácil. Reproduz, na outra margem do Atlântico, os métodos de rapinagem que estiveram - e ainda estão - presentes nas relações do Brasil com as principais metrópoles centrais do capitalismo.
Tantos milhares de MW vão abastecer as indústrias eletrointensivas encravadas nos vizinhos África do Sul e Zimbábue. Para os milhões de pobres de Moçambique - só 14% das famílias têm acesso à luz elétrica - devem sobrar as promessas de um Eldorado que parece adiado para o dia de são nunca.
Um comentário:
Um verdadeiro atentado a democracia e autonomia universitária está sendo gestado na Ufpa, comandado pelo atual reitor e seus fieis seguidores, entre eles o Diretor do ICA, Afonso Medeiros, em carta aberta aos conselheiros do Consun.
Se a comunidade universitária e o seu Conselho máximo o permitirem , será a senha para o fim das conquistas fruto de lutas de décadas, de estudantes, funcionários e professores pela gestão democrática em todas as instancias cientifico-administrativas da universidade.
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