Até quando os grandes projetos vão semear destruição socioambiental na Amazônia? Pergunta impertinente e mais do que necessária. Basta saber que a polêmica usina termelétrica, movida a carvão mineral, que a Vale pretende construir em Barcarena, a 87 quilômetros de Belém, vai contratar na fase de construção 3.500 operários, gerando a impressão - só a impressão - de que mais uma onda de "progresso e desenvolvimento" estaria por vir. O problema é que depois de concluída, a usina vai precisar de apenas 120 trabalhadores para ser operada. Mas aí, como num filme tantas vezes reprisado, os bolsões de miséria e de desesperança em torno do complexo industrial do alumínio já terão sido engordados inapelavelmente.
A ferida permanecerá aberta e sangrando. As tímidas compensações prometidas serão como band-aids para tentar curar a fratura exposta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário