O golpe sangrento em Guiné Bissau, com o assassínio do presidente João Bernardo Nino Vieira, está longe de ser um fato isolado. Expõe as veias abertas de um continente que parece afundar numa espiral de miséria crônica e violência endêmica.
Na terra de Amílcar Cabral, mártir da luta anticolonialista na África portuguesa, o fantasma da guerra civil não para de assustar. É uma hemorragia permanente, que torna ainda mais incerto o destino de uma nação marcada por séculos de violência e depredação promovida pelas metrópoles de ontem e de hoje.
A chance desse país ter futuro - algum futuro - está ligada a uma mudança na correlação de forças no plano mundial. Depende, em grande medida, do apoio solidário que possa receber de seus irmãos da diáspora e de outros tantos que permanecem acalentando os melhores sonhos de redenção da raça humana.
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