Atestados de inocência expedidos instantaneamente não devem colar dessa vez. A Operação Castelo de Areia, que investiga as supostas falcatruas da Camargo Corrêa, estão apenas começando. E muita água haverá de rolar por baixo dessa ponte. É esperar para ver.
A simples apresentação de recibos de doação ou de transferência bancária só demonstra o que todo mundo já sabe: a construtora paulista era pródiga e eclética em suas contribuições a políticos e a partidos. A questão-chave, entretanto, reside nas origens suspeitas dos recursos utilizados tanto para as doações "legais" quanto para aquelas realizadas "por fora".
Os papéis e HDs apreendidos pela PF na sede da empresa podem trazer revelações incômodas para muita gente graúda e desvelar os péssimos hábitos de boa parte da elite nacional. É que a Camargo Corrêa, do alto de seus R$ 16 bi de faturamento no ano passado, pode ter se especializado na lavagem de dinheiro de corrupção e no plantio de um vasto laranjal para encobrir os verdadeiros beneficiários da dinheirama. Só o tempo comprovará ou não esta tese.
Por isso, calma, gente. Quem sabe essa investigação não levanta o fio da meada para uma boa - e mais do que urgente e necessária - Operação Mãos Limpas?
Um comentário:
Não acredito que o Senador Flexa Ribeiro e o PSDB não estejam envolvidos ilegalmente nesse escândalo da Camargo Corrêa. Ele (Flexa) já se envolveu em falcatruas com uma "turminha" lá das bandas do Amapá, não foi?
Portanto, não passa pela minha cabeça que ele não esteja envolvida em mais essa sujeira.
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