Para o doutor em História Social e professor da UFRJ, Giuseppe Cocco, a campanha sisetmática contra o refúgio do ex-ativista italiano Cesare Batistti é algo bem mais profundo e de alcance muito superior ao que pode parecer a princípio. A matriz conservadora e de direita que está subjacente à intensa movimentação política e midiática mira em Battisti, mas quer mesmo acertar os movimentos sociais brasileiros. A intolerância, quando cristalizada como pensamento hegemônico, costuma cobrar um preço elevadíssimo, despejando toda sua carga de ódio e preconceito contra os mais fracos, e ontem e de hoje.
Publicado no sítio do Le Monde Diplomatique/Brasil, o ensaio do autor de Trabalho e cidadania (Cortez, 2000) e, com Antonio Negri, Global: biopoder e luta em uma América Latina globalizada (Record, 2005), sugere interessantes caminhos para desvendar o jogo de forças que incide sobre essa tema que tem polarizado a atenção da Itália e do Brasil nos últimos meses.
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